Guillermo Ruschel
Assim que cheguei em meu apartamento, destranquei a porta já me sentindo cansado, e girando a chave na porta, afrouxei aquele nó e atravessei a sala de visitas já com a gravata na mão. Indo em direção ao meu escritório, abri os botões da manga da minha camisa e as enrolei até os cotovelos, depositando minha pasta na mesa, puxei minha cadeira e peguei o envelope em mãos, ponderando se eu realmente deveria abri-lo ou jogá-lo fora.
Foi tão estranho.
Uma mulher que eu não conheço, que tem características de alguém conhecido, sabe meu nome e pediu que eu abrisse esse envelope quando eu estivesse sozinho.
Muito estranho.
Engolindo em seco, peguei o envelope nas mãos e o abri, puxando algo que parecia um cartão.
Soltando o ar, vejo que é uma foto em preto e branco, e por incrível que pareça, a surpres me fez prender a respiração por longos segundos. Naquela foto, Caroline estava no centro dela.
Em silêncio, observei cada pedaço daquela imagem e senti meu peito pesar como nu