555. DE VOLTA A ROMA
Finalmente subimos no helicóptero. O barulho dentro é ensurdecedor, mas não é suficiente para afogar os pensamentos na minha cabeça. Enquanto o aparelho se eleva lentamente, não deixo de olhar pela janela, para a floresta, agora reduzida a uma vista tênue e impenetrável. Meu coração está lá embaixo, preso entre as sombras e o perigo.
—Papai, e se pegarem o Gerônimo? —murmuro, quase inaudível.
—Então, filha —responde com aquela voz cheia de autoridade que sempre tem—, faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para recuperá-lo. Não esqueça quem é Gerônimo.
Sua resposta, embora serena, não me tranquiliza. Neste mundo, tudo tem um preço, e o amor sempre parece ser a moeda mais cara. Não quero imaginar se voltam a sequestrar Gerônimo. Olho para Mateo, qu