Cecil arqueou uma sobrancelha e me olhou como se eu tivesse acabado de dizer a coisa mais absurda do mundo. Aquela sua expressão, entre sarcástica e calculadora, sempre tinha o mesmo efeito: me fazia querer adivinhar o que se passava em sua mente. Ela cruzou os braços ainda mais, em um gesto que buscava se impor, embora seu sorriso traiçoeiro já começasse a aparecer.
—Depende —respondeu finalmente, esticando cada sílaba como se estivesse gostando de me fazer sofrer—. Isso é uma confissão ou uma proposta?A forma como ela disse, com aquela mistura de malícia e desafio, fez meu sorriso crescer ainda mais. Sem tirar minhas mãos do volante, inclinei ligeiramente a cabeça para olhá-la como o idiota apaixonado que era. Não importava quantas vezes brigássemos ou quantas vezes ela se enfrentasse a mim com sua teimosia; era justamente nesses momen