128. GERÓNIMO

Gerónimo olhou fixamente para a sua esposa no meio de um casal muito conhecido e odiado por ele. Ela não sabia o que fazer: disse "desculpa" com os lábios e puxou os pais, deixando-o congelado no meio do corredor enquanto a via afastar-se com eles, sem poder acreditar. Agora entendia por que ela não lhe tinha dito nada. Ainda não conseguia assimilar; a sua linda esposa era realmente filha de inimigos da sua família. E não de uns quaisquer.

—Gerónimo, Gerónimo! — O chamado das raparigas vendedoras tirou-o do seu devaneio. Avançou ainda sem saber como reagir.

—Digam-me, meninas —perguntou, sem deixar de olhar por onde tinham ido.

—A tua esposa deixou as compras aqui. Disse que tu as pagarias e levarias para casa. Que se vão encontrar lá, que teve de ir com os pais —disseram as vendedoras, entregando-lhe os sacos.

Gerónimo pagou tudo como um
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