Onde quer que eu a beije? (II)

Passei o dedo indicador no chantilly da torta dele e lambi, fazendo-o me encarar, sem mover-se.

— Realmente... Bom — falei, ainda ouvindo os gritos na sala, mas completamente compenetrada naquele momento.

Ele pôs o prato sobre a pia e se aproximou de mim, o suficiente para eu sentir o cheiro e ouvir sua respiração, tão acelerada quanto a minha. Meus olhos fixaram-se nos dele e eu não iria dar para trás desta vez.

Chain aproximou os lábios dos meus, mas não me beijou. Meus olhos estavam automaticamente fechados, esperando pelo que não veio. Encostou o rosto no meu e ofegou na minha orelha, arrepiando até meus dedos dos pés.

— Você quer um beijo, Merliah? — sussurrou sem pressa, parecendo soletrar cada palavra.

Não fui capaz de responder, mas minha cabeça acenou com um sim. Senti ele sugar o lóbulo da minha orelha e gemi, parecendo estar prestes a gozar, recriminando-me por aquele ato.

Abri os olhos e nos encaramos.

— Onde quer que eu a beije?

Me vi direcionando a mão para minha boceta,
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