A rainha Jane vestia-se lentamente, recolhendo as roupas que há pouco estavam espalhadas pelo chão.
Seu olhar deslizou até a cama, onde o homem que lhe proporciona seus melhores dias de prazer repousava, com a cabeça apoiada nos braços. Um sorriso insinuou-se em seus lábios ao fitar seu reflexo no espelho, notando o rubor em suas maçãs do rosto. Ela gostava dessa sensação de vitalidade, algo que jamais sentiu ao lado do marido.
O sorriso desvaneceu ao lembrar-se do rei. Aquele homem patético, que passou a odiar cada dia. Se suspeitava da infidelidade da esposa, não deixava transparecer. Sempre fora um tolo conveniente.
— Você precisa controlar sua filha, Jane — a voz do amante interrompeu seus pensamentos.
Sim, ainda havia aquilo para resolver. A garota insolente não herdará nada dela. Antes fosse fácil manipulá-la igual ao pai.
Apesar da frustração, Jane precisava admitir que admirava a determinação da filha em lutar.
— Não se preocupe com isso — respondeu com firmeza. — Eu já di