A aula foi bem cansativa, e quando cheguei em casa, Carlinha ainda estava acordada. Assim que me viu, ela correu e pulou no meu colo. Olhei para Matheus, que estava sentado no sofá, sorrindo.
— Não me olha assim, ela quis te esperar — explicou ele, dando de ombros.
— E você, como um bom pai, não a colocou na cama? — perguntei, cruzando os braços.
Ele soltou uma risada baixa.
— Essa menina é igual a você, uma pestinha. Mandei deitar três vezes, mas ela não quis.
— Mamãe, não briga com o papai! — Carlinha protestou, me olhando com aqueles olhinhos pidões. — Eu não quis dormir porque queria te esperar. Achei que você não ia voltar mais.
Senti um aperto no coração com aquelas palavras e a abracei apertado.
— Não precisa se preocupar, filha. Sempre que eu precisar me afastar do seu pai, prometo que vou te levar comigo.
— Você promete de dedinho? — ela perguntou, estendendo o mindinho.
Sorri e entrelacei meu dedo no dela.
— Prometo.
Carlinha virou-se para Matheus e falou com a inocente petu