O despertador tocou cedo demais e, ao tentar me mexer, percebi que Matheus estava com um braço pesado sobre mim.
— Você vai me deixar levantar ou pretende me prender aqui o dia todo? — perguntei, empurrando de leve seu braço.
— Cinco minutos a mais — ele murmurou, com os olhos ainda fechados.
— Matheus... — insisti, mas ele me puxou para mais perto.
— Tá bom, tá bom. Vou levantar. Mas só se você me der um beijo de bom dia.
Revirei os olhos, mas atendi ao pedido. Ele finalmente se mexeu, me soltando.
Enquanto eu seguia para o quarto de Carlinha para acordá-la para a escola, Matheus ficou na cozinha começando a preparar o café. Quando voltei com ela pronta, ele estava terminando de servir panquecas. O cheiro delicioso já tomava conta do ambiente.
— Uau, papai, isso tá com uma cara boa! — Carlinha exclamou animada enquanto subia na cadeira.
— É porque fiz com amor — ele respondeu, piscando para mim.
Carlinha comeu rapidamente, conversando sobre a escola, as amigas e o que planejava fazer