Capítulo 114
Quando servir o mal é a única chance de não morrer com ele.
A porta do quarto se abriu lentamente. A enfermeira contratada entrou cautelosa, seus olhos analisando o ambiente com receio. O local era amplo, elegante, mas abafado por uma tensão densa como fumaça. Em meio ao silêncio, Celeste apareceu segurando o bebê nos braços, com um sorriso no rosto e o olhar gélido de uma predadora satisfeita.
— Seja bem-vinda, doutora Elodie — disse ela, com suavidade cortante. — Espero que tenha vindo disposta a obedecer.
Elodie tentou sorrir. — Claro... é um prazer ajudar.
Celeste a ignorou, se aproximando com o bebê e colocando-o delicadamente sobre a cama, envolto em uma manta azul.
— Sabe aquele carro que foi encontrado queimado ontem no deserto? Com um corpo dentro? — perguntou sem tirar os olhos do bebê.
Elodie arregalou os olhos, hesitante.
— Sim... passou no noticiário.
Celeste virou-se com um estalo. — Pois era a última mulher que ousou me contrariar.
A enfermeira empalidece