Capítulo 149.
O medo é real, e doi.
[Interior – Base de Song, Coreia do Norte – Noite]
Celeste estava ajoelhada no chão frio do laboratório, as mãos cobertas de suor e tremores. O bebê dormia na sala ao lado, protegido por paredes de vidro e sensores. Mas dentro dela, o medo já crescia como um tumor.
Ela levantou devagar, sentindo o peso do próprio corpo, os joelhos trêmulos.
— Eu... preciso receber meu filho. — sussurrou. — E depois... entregar essa criança.
Caminhou até o espelho do banheiro químico, encarando a própria imagem com desespero contido.
— Se ele souber que esse bebê não é o filho de Cassian... eu tô morta. — murmurou. — E se por acaso ele me encontrar... eu digo que ele prometeu. Disse que eu estaria protegida. Então... se isso aconteceu, a culpa é dele. Dele.
Tentava convencer a si mesma. Justificar a mentira. Era a melhor forma de enganar o Arquiteto. Fazer com que Song acreditasse que ela estava apenas cumprindo ordens.
Mas a verdade era que ela estava perdida. Enter