O galpão estava mergulhado em silêncio, exceto pelo som de passos hesitantes e respirações contidas. Enzo e Dante estavam ali. Nenhum deles estava amarrado, mas Dante mal conseguia se manter em pé, os joelhos vacilando, os ombros curvados pela dor. Enzo mantinha a arma apontada para Giuliano, a tensão evidente em cada músculo do seu corpo. Mas quando me viu entrar, parou. Giuliano ergueu a mão com a arma em punho em minha direção e disse com frieza:
— Se atirar, ela morre primeiro. Enzo abaixou a arma com um rosnado contido. Eu segurei firme a minha. Giuliano ou Gregorio, ou qualquer outro nome que usasse para se esconder do monstro que era, estava diante de mim. Os olhos dele encontraram os meus com uma calma perturbadora, como se tudo aquilo fosse apenas mais uma jogada em sua eterna partida de xadrez. — Figlia mia — ele tornou a me chamar de filha, com um sorriso que não to