HADES AMBROGETTI
Paro o carro na entrada do beco. Daqui em diante, sigo a pé. Ajusto a arma na cintura, desço do carro e, imediatamente, três homens armados me encaram com curiosidade. Travo o carro e guardo a chave no bolso.
— Tá perdido, parceiro? — um deles pergunta, se aproximando, segurando a arma de um jeito que ele acha intimidador.
— Quero falar com o Marlon. — digo, direto. Ele ri, debochado.
— Ah, você quer, né? Aqui não funciona assim, malandro. O chefe chama você, não o contrário.
— Diz pra ele que Hades Ambrogetti quer conversar. — falo, encarando o sujeito. Ele engole em seco.
— Ambrogetti?
— Faz o que eu disse. Agora. — Ele apenas balança a cabeça, apressado. Fala pelo rádio com o chefe, mas não consigo ouvir a resposta de Marlon.
— O patrão te aguarda. Me segue. — diz, agora com a postura completamente diferente. Não dá pra negar o peso que o sobrenome Ambrogetti carrega.
Seguimos pelo beco que dá acesso ao morro. Marlon é um velho conhecido meu. Trafi