ANDY DAVIS
Entrar no escritório foi como caminhar direto para a boca do lobo. Tudo estava de cabeça para baixo: papéis desorganizados, funcionários com expressões tensas e murmúrios de conversas que cessavam assim que eu me aproximava. Cada olhar furtivo me lembrava que o escândalo de Bastián havia caído sobre mim como uma nuvem negra.
Parecia injusto que eu também tivesse que pagar de alguma forma pelo que ele havia feito.
O caos era palpável e, à medida que avançava entre as mesas, a pressão no meu peito intensificava-se. A notícia de que o juiz Monroy havia delegado nossos casos a outros escritórios caiu sobre mim como uma pedra. Era injusto, mas o que eu podia fazer? Não havia volta. Eu só podia observar o caos e esperar que o barco não afundasse completamente.
Quando minha secretária me deu os detalhes, que não eram muitos devido à falta de trabalho, decidi que não podia ficar mais tempo ali. A pergunta que todos tinham em mente pairava no ar de forma incômoda... Haveria demissõe