DAMIÁN ASHFORD
O carro preto, o táxi executivo que eu havia mandado buscar Camille, parou em frente ao chalé, e meu coração deu um salto quando a vi descer. Lembrei-me de quando entrei no quarto e ela não estava lá, mas suas coisas ainda estavam lá. Não havia nenhum bilhete, nenhuma mensagem, ela simplesmente havia desaparecido, e seus planos de recuperar o que lhe pertencia da herança e ir embora ecoavam na minha cabeça.
Achei que era isso que ela estava fazendo, até que vi algumas pétalas no chão. Nunca tínhamos tido flores naquele lugar. Além disso, elas não pareciam pertencer a qualquer flor, mas a um tipo de rosa de um vermelho muito escuro.
Essa era a única peça que não se encaixava.
Desde o primeiro olhar, soube que algo não estava bem. Havia uma sombra nos olhos de Camille que eu não tinha visto antes. Ela caminhava com a cabeça baixa, arrastando sua mala pelo caminho de pedras como se fosse um peso muito maior do que ela pudesse carregar.
Meu coração se apertou dolorosamente,