DAMIÁN ASHFORD
Instalar Andy e as crianças na villa tinha sido uma jogada calculada para ficar mais perto delas, mas também um ato de fé. Tudo o que eu tinha feito até agora tinha um único objetivo: mostrar a Andy que minhas intenções eram reais. Agora, observando os gêmeos correndo pela sala, rindo e gritando de alegria, não pude deixar de sentir que o esforço tinha valido a pena.
León e Victoria estavam em seu elemento. Subiam e desciam as escadas, se escondiam atrás dos sofás e traçavam caminhos invisíveis no jardim. De um momento para outro, o lugar passou de desabitado a coberto de peluches e brinquedos, bem como de risos e uma estranha sensação de calma dentro daquele caos que os meus pequenos criavam.
Era a primeira vez que os via tão livres, tão genuinamente felizes.
Andy, de pé na soleira da sala principal, olhava para eles com uma expressão que misturava alívio e nostalgia. Seu perfil era lindo, iluminado pela suave luz do entardecer. Sem pensar, aproximei-me e ela murmurou: