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A Noite que Mudou Tudo

O carro dele esperava na esquina, um modelo luxuoso que ela mal soube identificar. O trajeto foi curto, mas o silêncio era cheio de eletricidade. Cada olhar, cada respiração, parecia um prelúdio.

Quando entraram no apartamento, ela se surpreendeu com o espaço moderno, amplo, janelas enormes revelando a cidade iluminada. Mas não teve tempo de admirar.

Ele já estava diante dela, os olhos fixos, as mãos segurando sua cintura como se tivesse medo que ela desaparecesse.

— Ainda posso ir embora — ela sussurrou, a voz trêmula.

— Pode. — Ele inclinou o rosto, os lábios quase tocando os dela. — Mas não vai.

Isadora não soube em que momento deixou de resistir. Talvez quando os lábios dele finalmente tocaram os seus, intensos, urgentes, roubando o fôlego. Talvez quando as mãos deslizaram pelas curvas do seu corpo, despertando arrepios que há muito ela não sentia.

Ela se perdeu no beijo, no calor, na forma como ele parecia conhecê-la sem nunca tê-la tocado antes. Quando percebeu, já estava deitada no sofá, o corpo dele sobre o seu, cada peça de roupa sendo descartada como se fosse um obstáculo entre eles e o inevitável.

— Você é inacreditável — ele murmurou contra a pele dela, a voz grave ecoando nos ouvidos, fazendo-a estremecer.

Isadora segurou o rosto dele entre as mãos, olhando diretamente em seus olhos. — Isso não significa nada. É só hoje.

Ele sorriu de canto.

— Então vamos fazer essa noite valer para sempre.

E foi o que fizeram.

Entre beijos intensos, toques ansiosos e gemidos abafados, Isadora sentiu-se viva de uma forma que não lembrava mais existir. Não era apenas o prazer físico, mas a entrega, a conexão inexplicável que se formava ali, no escuro de um apartamento desconhecido, com um homem que não deveria significar nada.

Mas quando finalmente se entregou por completo, percebeu a verdade que a assustava:

Talvez aquela noite fosse apenas o começo.

-

A luz da manhã atravessava as cortinas largas do apartamento, invadindo o ambiente moderno que parecia mais um cenário de revista do que um lugar real.

Isadora piscou várias vezes, sentindo o corpo ainda dolorido e quente das horas anteriores. Por um instante, pensou que tudo não passava de um sonho — um daqueles absurdos, proibidos, que você jura nunca contar para ninguém.

Mas então sentiu o cheiro amadeirado impregnado nos lençóis, ouviu passos vindos da cozinha e lembrou-se: não foi sonho algum.

Ela havia passado a noite com um estranho.

Empurrou os lençóis, levantando-se devagar, e foi até a sala. Ele estava lá, de costas para ela, ajeitando a gravata frente a uma das janelas enormes. O sol desenhava sua silhueta, deixando-o ainda mais imponente.

Vestido novamente em seu terno impecável, parecia outra pessoa. Não o homem que, algumas horas antes, havia se deitado com ela como se quisesse descobrir cada pedaço de sua alma.

— Bom dia — Isadora disse, tentando soar natural, mas sua voz saiu baixa.

Ele virou-se apenas o suficiente para olhá-la, sem sorrir.

— Dormiu bem?

O tom era polido, distante. Como se fossem conhecidos cordiais e não… o que tinham sido na noite anterior.

Isadora sentiu o peito apertar, mas ergueu o queixo. Não iria se deixar abalar.

— Sim. Obrigada. — Caminhou até a mesa, pegando sua bolsa que havia largado no chão horas antes. — Eu já ia embora.

Ele não tentou impedi-la.

— Foi… uma boa noite.

Uma boa noite.

As palavras bateram como um soco suave, mas certeiro. Era exatamente o que ela precisava ouvir para lembrar a si mesma que aquilo não significava nada.

— Foi mesmo — respondeu, forçando um sorriso. — E vai continuar sendo apenas isso.

O silêncio que se seguiu foi carregado de tudo o que nenhum dos dois quis dizer.

Ele a observava com o mesmo olhar intenso, mas os lábios permaneciam cerrados.

Isadora, por sua vez, sentiu o coração gritar que queria ficar, mas a razão não deixou.

Pegou a bolsa, ajeitou o cabelo e caminhou até a porta.

Antes de sair, lançou-lhe um último olhar.

— Adeus.

A palavra ecoou pelo apartamento, definitiva, dura, mas necessária.

Ela saiu, determinada a nunca mais cruzar com aquele homem que mexera tanto com suas certezas.

E ele ficou ali, sozinho, olhando a porta se fechar, tentando se convencer de que era melhor assim.

Era apenas uma noite. Nada além disso.

Mas, no fundo, ambos sabiam: o destino não costuma aceitar ordens.

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