Seu questionamento me surpreende.
Eu engulo em seco e olho para ela. Tudo nessa mansão demonstra a riqueza dos seus donos. Mas eu não consigo reparar em nada com detalhes, estou muito nervosa.
—Quer beber algo, Kate?
A minha garganta está seca.
—Água.
Renata pega o sino e agita. Uma empregada aparece de pronto, exibindo um sorriso.
—Sim, dona Renata.
—Traz um copo de água por favor. —Ela então se vira para mim com o menino no colo. —Sente-se.
Eu respiro fundo e me sento. A criança pede para descer. Ela o coloca no chão, o menino pega um carrinho e vem na minha direção, ergue-o para mim e me mostra.
—Que lindo. —Falo para ele. Meu coração ainda está agitado.
—Você é bem nova, não é Kate? Daniel me disse que tem apenas dezenove anos.
—Sim.
—Você sabe quem eu sou? —Ela me pergunta.
—Imagino que seja a esposa de Don Vincent.
—Exatamente. —Ela me estuda. —Daniel nos contou como nos enxerga.
Meu coração se agita e eu assinto. A empregada entra e me oferece o copo de água. Eu bebo como se tivesse no meio do deserto. Sedenta