Narrado por Anya Petrova
A manhã chegou sem que eu tivesse dormido. A mansão parecia ainda mais fria com a luz cinzenta entrando pelas janelas altas. Passei horas deitada, olhos abertos, imaginando como seria o fim de semana, se eu realmente teria coragem de subir ao altar. A cada vez que pensava em Dmitri, lembrava do punho dele estourando a madeira da parede, e um arrepio atravessava minha espinha.
Quando a campainha ecoou no andar de baixo, meu coração disparou. Corri até a janela do quarto e vi o carro parado diante da escadaria. Não demorou para Irina, a governanta, entrar no quarto.
Irina: — Senhorita Anya… suas amigas chegaram.
A palavra “amigas” foi como um sopro de ar fresco no meio do sufoco. Desci as escadas rápido demais, quase tropeçando, e quando cheguei ao saguão, vi Polina e Darya entrando. As duas pararam no meio do tapete, estupefatas, olhando ao redor como se estivessem em um museu.
Polina foi a primeira a me abraçar, apertado, como se quisesse me salvar de dentro d