Narrado por Anya Petrova
Quando o carro entrou pelos portões da mansão, eu já sentia o coração acelerado só de pensar em contar a novidade. Três meses. Um ultrassom. Um segredo que já não era mais segredo: nosso bebê tinha um rosto, um coração forte… e era um menino.
Dmitri manteve o semblante sério durante todo o trajeto de volta, mas eu conheço aquele homem bem o suficiente para notar os sinais escondidos. O jeito como os dedos dele tamborilavam discretamente no volante, como se tentassem acompanhar o som do coraçãozinho que ainda ecoava na nossa memória. Ele não disse uma palavra, mas o brilho nos olhos dele era mais claro do que qualquer discurso.
Assim que o carro parou, respirei fundo. Polina e Darya estavam no jardim, rindo de alguma coisa, provavelmente uma fofoca qualquer que só as duas entendiam. Quando nos viram, correram até a entrada, curiosas.
Darya: — E então? Como foi?
Polina: — Conta tudo, Anya! A gente tá morrendo de curiosidade.
Olhei para Dmitri, que arqueou uma so