Narrado por Gustavo
O interfone tocou e eu já atendi com raiva, achando que era mais um desses idiotas do prédio enchendo meu saco.
Gustavo: — Que foi?
Porteiro: — Tem uma entrega pro senhor Gustavo Lima. Documentos.
Gustavo: — Sobe logo com essa merda.
Peguei o envelope da mão dele sem dizer obrigado e bati a porta. Voltei pra mesa, rasguei o papel com tanta força que quase arranquei a lateral toda. Quando vi o que era, o mundo parou por dois segundos.
Pedido de divórcio.
Meus olhos queimaram. Meu corpo inteiro tremeu. Minhas mãos amassaram o papel como se aquilo fosse algum tipo de piada mal feita.
Gustavo: — Acha que vai me deixar assim, sua vagabunda?
Joguei tudo longe. Quebrei o porta-retrato na parede. O controle remoto voou na parede e espatifou em mil pedaços. O ódio estava me consumindo inteiro. Aquela desgraçada da Letícia teve a coragem… a audácia de me largar! E ainda mandou o advogadozinho de merda do Enzo fazer o serviço sujo!
Gustavo: — Ela vai pagar. Juro por Deus que