Narrado em terceira pessoa
A mansão da família Mancini, em Milão, parecia uma pintura antiga: impecável, silenciosa, gelada. As colunas brancas reluziam ao sol da manhã, e o som dos sapatos de salto de Isadora ecoava pelo mármore quando ela entrou no salão com um envelope dourado nas mãos.
Isadora: Mamãe… olha isso.
Viane levantou os olhos devagar do seu livro, sentada na poltrona perto da lareira. Enzo estava em pé, mexendo no celular, e Massimo, como sempre, debruçado sobre papéis e contratos no escritório ao lado.
Viane: O que é agora, Isadora? Alguma loja nova querendo parceria?
Isadora: Pior, mamãe. É um convite de casamento.
Viane: De quem?
Isadora: Do Noah.
Viane arregalou os olhos e se levantou devagar. Enzo parou de mexer no celular.
Viane: Como assim, do Noah?
Enzo: Ele já casou com aquela garota, não casou?
Isadora: Sim, mas isso aqui… isso é pra um casamento oficial. Festa, altar, igreja. Convite enviado pelos correios com caligrafia italiana, selo personalizad