Narrado por Bianca
Se alguém tivesse me contado, meses atrás, que eu estaria escolhendo meu vestido de casamento em um ateliê na Toscana, com champanhe francês na mão e um homem como Noah Mancini me esperando no altar, eu teria dado risada.
Mas ali estava eu.
Sentada em um divã de veludo vinho, rodeada por tecidos de seda, renda bordada à mão, croquis com meu rosto desenhado em versões de noiva dignas da realeza.
Ana Júlia me olhava de braços cruzados, como uma crítica de moda impiedosa.
Ana Júlia: Esse aí parece vestido de debutante rica que nunca beijou na boca.
Soltei uma risada, jogando a cabeça pra trás.
Bianca: Então esse a gente descarta, porque eu já dei muito beijo na boca. Inclusive antes de vir pra cá.
Ana Júlia: Credo! Ainda vai me fazer inveja. Vai casar com um gostoso e ainda vem com essas indiretas?
Bianca: Diretas, amiga. Eu tô vivendo meu filme.
Ela riu, se aproximou e me entregou outro modelo.
Ana Júlia: Esse é o que o estilista disse que foi feito pra um