Narrado por Bianca
O suor escorria pelo meu rosto, e minhas mãos tremiam tanto que mal conseguiam segurar a lateral da cama. O bebê estava vindo. Não era mais só dor. Era pressão, urgência, o corpo se dobrando por dentro como se minha carne estivesse sendo rasgada por dentro para libertar um pedaço meu. Era o meu filho. Era a vida.
E do lado de fora… a morte.
A prisão.
A sombra de Noah.
As batidas na porta começaram baixas.
Ritmo educado. Tom calmo. Mas a frieza atravessava a madeira como um aviso.
— Senhorita Almeida? — uma voz masculina chamou. — Viemos ajudá-la. Abra a porta, por favor.
Ajuda?
Era isso que eles chamavam agora?
“Ajuda” quando queriam arrancar meu bebê e enfiar um sobrenome nele como uma algema?
Fiquei calada. Mordia os lábios com tanta força que senti o gosto metálico do sangue. Meu corpo estava tremendo. E a próxim