Livro completo - "Para conquistar o astro do rock do momento, Marla Jensen tinha o plano perfeito: não ser ela mesma. Mimada e sem preocupações na vida, Marla tem apenas duas paixões: suas telas para pintar e o vocalista da banda Golden Wild. Quando ela descobre que a banda toda passará quinze dias a bordo de um cruzeiro temático, longe do assédio da imprensa e dos fãs, ela vê a oportunidade perfeita para pôr em prática seu plano de fisgar sua paixão. Mas as aparências enganam, e Marla aprenderá que o amor verdadeiro não mente. Resta saber se quando ela perceber, não será tarde demais." Quem foi o seu ídolo da adolescência? Quem é seu ídolo agora? Este livro é para você, que respondeu as duas perguntas acima em pensamento. Sorriu ao lembrar-se dos sonhos bobos que tinha na adolescência, e que até hoje se imagina com o seu ídolo. Com amor, Carol Moura
Ler mais“Então você veio
E éramos puro desejo
Quando você foi
Tudo virou desespero
Então sim
Acho que te amo
Mais do que tudo
Não posso segurar
Está além de mim”
Rob Taylor
Vocalista da Golden Wild
Existem pontos em nossas vidas, momentos, em que nós finalmente acordamos para a realidade.
Infelizmente, na maioria dos casos, os momentos que nos fazem acordar são aqueles que, junto ao aprendizado, nos trazem a dor. Algumas dores são maiores do que as outras, é claro, mas cada um de nós lida e chora como se a nossa fosse a maior do mundo. O mesmo serve para nossos desejos e projetos. Sempre os nossos em primeiro. Não podemos evitar. Somos seres humanos, afinal de contas. Egoístas.
Acho que Deus nos fez assim por um motivo: para que possamos entender, em algum ponto da vida, como somos, notar todos os nossos erros, nos arrepender e finalmente começar a agir da forma correta. Só que Ele também nos fez teimosos. Burros. Nem todo mundo aprende. Nem todo mundo aprende cedo.
Alguns aprendem com tragédias, outros com epifanias, uma boa parte aprende com o amadurecimento esperado da idade.
Eu aprendi perdendo o homem da minha vida.
O mais engraçado? Eu sequer sabia que ele era o homem da minha vida. Digo, eu achava que ele era. Pensava que era apaixonada, acreditava que poderia ficar com ele para sempre, mas, quando tive a oportunidade de estar em sua companhia, descobri que nada do que eu havia idealizado era realmente verdadeiro e, desta forma, comecei a realmente me apaixonar. Por ele, não pelas minhas projeções. Suas manias, seu sorriso, seus medos e principalmente a sua simplicidade. Foi ele quem me ensinou que o mundo era maior que o meu quarto.
E ao passo que eu caía de amor por ele, a culpa por ser uma grande fraude me consumia na mesma proporção.
O que foi que eu fiz?
Como fui capaz de algo tão mesquinho?
Brinquei com os sentimentos de alguém. Menti, enganei, me transformei em um ser diferente para ficar com uma pessoa que sequer sabia da minha existência. Arquitetei um plano para enganar uma pessoa, uma boa pessoa, e a induzi a ficar comigo. Inventei uma situação doentia para conseguir o que eu queria, excluindo o fato de que ele era um ser humano com sentimentos que poderiam ser destruídos.
Ele tinha escolha. E eu tirei isso dele.
Então eu o perdi. Para sempre.
E eu perdi muito mais do que o homem que amo. Eu perdi o rumo, me perdi, ficando sozinha para arcar com as consequências dos meus atos. Nunca serei perdoada, mesmo arrependida.
E entendo, de verdade. Acho que também não me perdoaria.
Eu comecei tudo isso, me aproximei de um astro do rock porque pensei que o amava.
Agora seguirei a minha vida tendo certeza de que o amo, mas que não posso tê-lo.
Meu nome é Marla Jensen e eu odiava quando me chamavam de groupie. Para ser honesta, merecia ser chamada de coisas muito piores.
— Temos uma última canção para vocês e, depois disso, eu preciso levar minha linda esposa e meu garoto para casa — Rob informou para a multidão, que foi ao delírio quando eu e Thomas fomos mencionados. — Procurei escrever uma música para o meu filho quando ele nasceu, mas, por algum motivo, a emoção surtiu efeito contrário, e eu travei. — Ele começou a contar a história que eu já conhecia há três anos. — Fiquei frustrado por não conseguir homenagear o meu menininho.Rob olhou em minha direção, sentada no backstage, escondida com um Thomas completamente desmaiado em meus braços. Seus plugs abafadores de som estavam conectados em suas pequenas e perfeitas orelhinhas, o cabelo desgrenhado cor de areia, exatamente como os do pai, estavam grandes e cobriam seus olhos. Ele não quer
— Eu vou fazer uma música para você. Vou sim. — A voz dele estava diferente. Abri meus olhos, ainda me sentia exausta do parto, mas o sono tinha me dado algum descanso. — Apenas me dê um tempo e terei uma música para você, carinha. Assim como fiz para a mamãe.Rob embalava Thomas em seus braços enquanto conversava. O pacotinho branco nem se mexia, mas sabia que ele estava acordado. Provavelmente caindo no feitiço da voz do seu pai. Se apaixonando por ele.Bem, era mútuo, eu tinha certeza de que Robert estava apaixonado pelo filho também. Levantando sua cabeça, Rob me olhou e sorriu quando me viu acordada.— A mamãe está acordada, carinha. Vamos lá dar um pouco do nosso amor para ela.— Ele deve estar com
Na semana que seguiu a nossa chegada, nos concentramos em deixar a família de Rob nos mimar. Lizzy e Vicky não moravam com os pais, mas nos visitavam quase todos os dias. Rob e eu nos concentramos em dar informações aos seus pais sobre como nos conhecemos — sim, contamos a verdade — e nossos planos. Bev estava louca para conhecer a cobertura e aliviada por finalmente seu filho parar de ficar em apart-hotéis ou com eles. Ela pensava que Rob precisava de um lar.Durante o café da manhã de sexta-feira, as minhas cunhadas se juntaram. Elas eram mais velhas que Rob e nenhuma era casada. Lizzy havia se divorciado um ano antes, e Vicky nunca havia se casado, gostava de viver livre. Elas sempre pareciam confortáveis com suas atuais vidas e estavam focadas em suas carreiras.Quando chegaram, vi sacolas de presentes para mim e Tommy em suas mãos, o que me deixou envergonhada.— Espero que gos
Eu estava feliz.É realmente fácil quando você se permite.Após a conversa que Rob e eu tivemos na banheira, realmente decidi baixar a guarda e me permiti ser feliz.Estava longe de ser um conto de fadas, porque era melhor. Real. Era a vida que eu havia escolhido com ele.Eu cozinhava muito mais, todos os dias, e coisas diferentes. Meu namorado de fato estava engordando um pouquinho com a minha culinária, estava cada vez melhor nas massas. Pizzas, macarrão, lasanhas, até mesmo calzones. Rob sempre se deliciava.Nós ainda não havíamos nos mudado para a cobertura, ele dissera que aconteceria enquanto estivéssemos com seus pais em Long Beach. Rob não queria que eu tivesse nenhum contato com a mudança. Meu ventre enorme de quase nove meses estava pronto para explodir.Após uma última consulta com o Dr. Gelre, tivemos o meu prontuário pa
— Baby, aqui! — Rob me chamou para algumas fotos enquanto nos encaminhávamos para a After Party do VMA. Ele estava ao lado dos outros membros da banda, e eu havia ficado de fora, aguardando enquanto eles ficavam cegos pelos flashes. Quando finalmente eles se foram, andei até Rob, que me aguardava, mas alguém havia sido mais rápida do que eu. Nadia Vince se atirou na minha frente e imediatamente se postou ao lado de Rob, sorrindo para as câmeras, mostrando o seu bronzeado artificial para todos. Rob ficou tenso e me olhou, procurando por alguma ação minha, apenas abaixei minha cabeça e alisei minha barriga para que ninguém visse a minha reação. Eu não gostava de Nadia, mas não daria história para a imprensa. Assim que a primeira gama de fotos foi tirada, Rob me chamou novamente, empurrando delicadamente as costas de Nadia para que ela saísse. Sua cara era de poucos amigos quando eu me aproximei, e Rob beijou meu rosto e colocou a mão em minha barr
“A premiação chegou, e, com ela, a minha barriga. Deus! Como pode em tão pouco tempo uma barriga crescer tanto? Do sexto para o oitavo mês, houve uma explosão de barriga, estrias e lágrimas. Minha pele está coberta por listras vermelhas. Estava determinada a não mostrar a Robert, mas, quando ele me convenceu e eu levantei a minha blusa, ele beijou cada uma das linhas, dizendo que nada havia mudado. Meu prédio agora é rodeado por paparazzi, e todos os dias sai uma notícia minha e de Rob em algum meio de comunicação. Resultado da nota que ele mandou seu agente publicar sobre nosso namoro e minha gravidez. Evidentemente, tudo foi perfeitamente orquestrado: primeiro saiu uma pequena especulação; na semana seguinte, uma foto nossa almoçando em um restaurante, tirada apenas na altura dos nossos ombros para que não vissem a minha barriga – a foto dizia descaradamente que era de meses atrás e que só agora havia sido “vendida para a revista”. Depois, fin
Último capítulo