Cedendo a um impulso incontrolável, passei um braço em torno da cintura dela, para que ele soubesse a quem ela pertencia, agindo como um verdadeiro cão de caça que marcava seu território.
— Meu Deus! Eu já estava quase indo lá em cima checar se vocês não tinham morrido. Nunca vi ninguém acordar tão tarde — disparou Julie, com aquele seu jeito sempre displicente, como se não existisse um filtro entre seu cérebro e o que saía da sua boca. — Quem vê assim pensa até que andaram dormindo juntos.
Antes que tivéssemos tempo de dizer algo, a compreensão pareceu alcançá-la e fiquei satisfeito ao ver o sorriso se formando em seus lábios, em sinal de aprovação, ao chegar à óbvia constatação.
— E quanto a você, não era para estar servindo à mesa, ao invés de estar sentada nela? — questionei.
A garota era paga para trabalhar na casa, mas não fazia praticamente nada, algo para o que eu dava pouca importância. Preferia mesmo que ela fizesse companhia à Delancy, para que o fato de não poder sair sozi