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— Lamento por isso. — Embora temesse tocar em feridas que ele carregava na alma, eu tinha tanto para perguntar que não consegui me calar, como deveria. — Você tem outros parentes?

Tios, primos.

— Não. Éramos só nós dois. Beba o leite.

Após engolir o último pedaço do melão, peguei o copo e dei um gole no leite morno.

— Você nasceu em São Paulo mesmo?

— Não. — Limitou-se a dizer.

— Hoje pela manhã, quando você estava tendo um pesadelo, ouvi quando mencionou o nome de Arnold Brandão. Você já o conhecia antes de começar a construir o oleoduto?

De súbito, Liam ficou tenso, sua fisionomia contraiu, a expressão do seu olhar endureceu.

— Conhecia — disse, com um grunhido sussurrado e seus dentes trincados.

— Ele fez um grande mal a você no passado, não foi?

— O que exatamente eu disse quando estava dormindo?

— Palavras desconexas, sem sentido. Entre elas, ficou claro apenas o nome do seu Arnold.

Pude jurar que ele soltou um suspiro de alívio mal disfarçado.

— O que aconteceu no passado, não é
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