Só em imaginar que eu teria que dar meu filho a ele, quando nascesse, senti-me consumida por uma angústia que me doía na alma. Era muita monstruosidade de um ser humano negar um filho à sua mãe. Eu o odiava por isso e por tudo mais.
— Não, Delancy. Você não pode sair por aí sozinha, estando grávida, sem que sua mãe tente fazer mal a vocês dois novamente.
— Não pretendo ficar em Santa Clara. Julie e eu temos dinheiro. Estamos juntando já faz alguns anos. Nós vamos para São Paulo. Quando o bebê nascer, eu te aviso.
— Isso está fora de questão. Isla é capaz de tudo, inclusive de seguir vocês até lá. Não posso confiar nela. Além do mais você precisa de repouso e sossego, para que essa criança viva. Portanto, voltará comigo para casa.
Fuzilei-o com o olhar, sem fazer questão de esconder o ódio que fervia em cada centímetro de mim.
— Você não pode mais me dizer o que fazer, Liam. Ninguém pode! Eu sou dona do meu nariz, agora. Vou pra São Paulo e o assunto está encerrado!
— Delancy, por favo