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— Senhor, desculpe a insistência, mas ele tem vindo aqui todos os dias desde que o senhor viajou e está muito debilitado pela doença.

Que saco! O segurança estava com pena do maldito e eu não poderia deixar de recebê-lo sem parecer um monstro sem alma. Não me faltava mesmo mais nada.

— Certo. Mande que ele entre — ordenei, encerrando a ligação.

Pouco depois, Arnold atravessou a porta de entrada e avançou pela sala, caminhando devagar, parecendo sorrateiro. Realmente estava bastante debilitado, muito magro, com o rosto abatido e extremamente cansado, o que não foi suficiente para que eu sentisse piedade. Ele não estava tendo nada menos do que merecia.

Bastou que eu olhasse para ele para que o ódio cego aflorasse dentro de mim, fazendo meu sangue correr fervorosamente nas veias, uma secura se instalando na minha garganta.

— O que você quer? Veio dizer que já desocupou minha casa?

— Podemos conversar em particular? — perguntou, com sua voz muito fraca.

— Não. Pode falar aqui mesmo
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