Parte 24 -
Bianca
Eu o olhei com os olhos semicerrados.
— Você está rindo? - perguntei, incrédula.
— Sim, porque, sinceramente, isso tudo é ridículo. - ele disse, ainda com um sorriso no rosto. — Você tenta fugir a pé no meio da noite, eu te pego em cinco segundos, e agora estamos aqui, no estacionamento de um posto de gasolina, discutindo como dois adolescentes.
Eu tentei manter minha expressão de indignação, mas acabei mordendo o lábio para segurar uma risada. Ele tinha razão, claro. A cena era ridícula, e mesmo assim eu estava desesperada o suficiente para tentar.
— Por que fugiu do convento, Bianca?
Eu suspirei. Não sei como ele vai me entender.
— Você não sabe o quanto eu quero fugir desse casamento. - falei, agora mais séria, tentando explicar — Não é sobre você, Adriano. Eu não quero ser forçada a fazer algo que eu não escolhi. Meu pai me jogou em um convento, pelo amor de Deus!
O sorriso dele desapareceu, e ele me olhou por alguns segundos, como se estivesse tentando entender