Bianca e Adriano pertencem a duas das famílias mafiosas mais poderosas da Espanha, unidas por um acordo financeiro. Quando ainda criança, Bianca é prometida em casamento a Adriano, parte de um plano arquitetado por seus pais para garantir mais poder e riqueza. Enviada a um convento aos 14 anos, ela deve permanecer lá até os vinte e cinco, quando será forçada a cumprir seu destino. No entanto, aos vinte, cansada da prisão que sua vida se tornou, querendo participar do mundo real, Bianca decide fugir com uma amiga. Adriano, que nunca a viu e despreza a ideia do casamento arranjado, é forçado pelo irmão mais velho a trazê-la de volta. Enfurecido pela rebeldia dela, ele parte em sua busca. O encontro dos dois é repleto de surpresas e desconfiança, mas, ao longo do caminho, ambos descobrem não só os segredos e fraquezas um do outro, como também uma conexão inesperada que ameaça mudar tudo. Entre traições, lealdades divididas e uma atração irresistível, Bianca e Adriano terão que enfrentar seus passados e decidir se o futuro que os une será regido pelo poder ou pelo amor.
Leer másParte 1 -
Bianca
Eu mal conseguia respirar. O silêncio da noite era tão denso que cada passo meu parecia um trovão dentro de minha cabeça.
Quando meus pés tocaram o chão do lado de fora da janela, o barulho abafado pela grama úmida ainda me pareceu alto demais. Por um instante, parei.
— Será que alguém ouviu? - pensei, com o coração martelando dentro do peito. O medo de sermos descobertas me queimava por dentro, mas eu não podia voltar atrás.
— Rápido, Bianca!
A voz de Luísa, que já estava mais à frente, me puxou de volta à realidade. Ela me agarrou pelo braço, e seus olhos brilhavam com a mesma mistura de medo e excitação que os meus.
Não era a primeira vez que fugíamos do convento juntas, mas essa noite era diferente. Nas outras vezes, tínhamos sido cuidadosas, nos limitando a passeios curtos e discretos pela cidade silenciosa. Desta vez, íamos mais longe — muito mais.
Todos esses anos enclausurada aqui dentro já eram demais. Não pedi por isso e nem fui consultada. Apenas acatei uma ordem.
Eu precisava sentir a liberdade, o mundo pulsando além dos muros sufocantes. Sabia que Luísa não era assim tão corajosa, mas algo nela parecia gostar da ideia de me ajudar a escapar.
Talvez fosse o desejo secreto de se libertar também, mesmo que apenas por algumas horas. Não sinto nela esse chamado especial que a maioria diz sentir.
O vento da madrugada cortava minha pele, gelado e constante. O tecido fino do meu vestido, que ainda era uma reminiscência das vestes do convento, colava-se à minha pele como uma segunda camada, me lembrando de que eu ainda não estava totalmente livre.
O véu, que mantinha como disfarce, balançava com o vento, e por um instante, senti que estava no limiar de dois mundos: o da submissão e o da tentação.
— Vamos, antes que a madre acorde - Luísa sussurrou, olhando nervosa para as janelas do convento.
Já tínhamos feito aquele caminho outras vezes, mas nunca antes arriscamos tanto. O coração dela também estava acelerado — eu podia sentir isso em cada passo apressado que ela dava ao meu lado, segurando minha mão.
O corredor de sombras entre o muro do convento e a estrada parecia interminável e cada vez que uma folha farfalhava ou um galho quebrava debaixo de nossos pés, eu sentia o pavor de sermos pegas, direto na minha espinha.
Estávamos cercadas por árvores antigas, que sussurravam com o vento, cúmplices ou ameaças? Eu não sabia dizer.
O convento era uma casa enorme, antiga, que já estava ali a serviço da população por mais de duzentos anos.
Mas eu não queria estar presa entre suas paredes e sei que Luísa também não queria, apesar dela ser uma noviça por escolha.
De repente, um ruído mais forte ecoou pela noite. Parei instantaneamente. Ouvi passos. Eles estavam vindo em nossa direção, cada vez mais perto. Luísa arregalou os olhos, sem fôlego.
— Corre! - ela sibilou, sem esperar mais.
O instinto tomou conta de mim e comecei a correr como se tivesse um fantasma atrás de nós. Nem olhei para trás.
O barulho dos passos se aproximava e isso aumentou meu batimento cardíaco.
Atrás de nós, eu podia jurar que uma das luzes do convento havia acendido. Alguém estava acordado. Alguém sabia que estávamos fugindo. E não queria ser pega. Isso ia dar muita confusão pra nós duas.
A respiração de Luísa estava pesada, nos forçando a avançar e algo nela me transmitia um tipo de confiança que eu não sabia que tinha.
Já havíamos saído antes — para ver as ruas, os cafés fechados na madrugada, as pontes antigas sobre os rios silenciosos de Sevilha.
Mas agora estávamos indo para um lugar onde não poderíamos ser apenas espectadoras.
Conseguimos chegar à estrada de terra que levava até a cidade. O pequeno Fiat de Luísa estava à nossa espera, meio escondido entre as árvores.
— Vá, vá logo! - ela gritou, enquanto abria a porta do passageiro.
Entramos no carro, ofegantes. O som do motor roncou pela primeira vez na noite, como um trovão que anunciava a nossa vitória, mas o início de algo muito maior também.
— Quem será que acordou? Será que nos seguiram? - perguntei, agora olhando para trás, esperando ver a figura da madre superiora ou uma das freiras furiosas correndo na nossa direção. Ainda bem que não vi.
— Ninguém nos viu... Assim eu espero - Luísa pisou no acelerador, os pneus derrapando levemente no chão de cascalho enquanto nos afastávamos rapidamente.
Dentro do carro, o medo ainda estava ali, mas começava a ser engolido pela excitação. A cidade estava à nossa frente, e pela primeira vez em muito tempo, eu senti o gosto da liberdade de verdade.
O véu, que até então eu segurava firme, foi parar no banco de trás. Comecei a puxar o vestido cinza sem graça, para ajeitar minha roupa de baixo.
Um dos vestidos que Luísa tinha trazido com ela para o convento e que estava guardado há muito tempo, esperando que decidisse se iria embora ou faria os votos.
— Para onde nós vamos? - perguntei, tentando parecer mais confiante do que estava.
— Il Rifugio. É um dos lugares mais badalados da cidade - Luísa respondeu, com um sorriso travesso nos lábios. Eu não conseguia acreditar. Não era mais um passeio inocente pelos arredores do convento. Íamos a uma boate.
Quando chegamos à porta do "Il Rifugio", as luzes de neon piscavam como um convite proibido e o som da música alta já ecoava pela calçada.
O contraste com a reclusão que a gente conhecia era chocante. Por um segundo, hesitei, mas Luísa pegou minha mão e me puxou para a fila, mostrando segurança.
— Vamos, Bianca. Hoje à noite, somos livres - ela piscou pra mim.
De repente, o receio de estar errada se transformou em uma adrenalina indescritível. Estávamos prestes a entrar num mundo que eu jamais imaginara.
Tudo o que eu queria era esquecer que eu sou prometida a um homem que nunca vi. Sei tão pouco sobre ele que cabe em uma única folha de papel.
Nem mesmo seu nome de família eu sei. Tudo o que ouvi foi que se chama Adriano. Seu pai é um grande mafioso que vivia em disputa com meu pai. Ambos são mafiosos e vivem de forma nada usual.
Autora Zara
* Escrevo com carinho.
Parte 53 - BiancaEu sentei na cama, minha respiração funda. Apertei as pernas, sentindo minha calcinha molhada. É um inferno, mas eu o desejo desde que o vi pela primeira vez.Ao mesmo tempo é o céu pra mim, já que seremos casados. Só não posso deixar que ele me envolva em sua rede, como meu pai fez com minha mãe.Eu a amo muito, mas ela não é um exemplo pra mim.— O casamento vai ser aqui em casa mesmo - ele foi se despindo, olhando pra mim — Nós vamos começar nossa vida, deixando pra trás essas bobagens... Como a de hoje.Eu não quero voltar a ficar com raiva. — Se você veio pra ficar tudo bem entre a gente, pare de falar um pouco, está bem?Ele gargalhou e se livrou do resto da roupa, deixando o membro saltar. Nossa, como ele é bonito. E grande.— Está certo. Vem aqui! - disse segurando o membro. Sua voz ficou até rouca.Não sou especialista, mas não sou tonta também. Apesar de pouco contato com outros homens, eu tenho uma boa noção do que se é esperado entre um casal.E também
Parte 52 - Bianca— Parem com isso!A voz de Adriano ecoou pela biblioteca e seus braços me apertaram, me tirando de cima dela. Bartolo puxou Celeste e a segurou pelos dois braços para que parasse.Eu estava tão consumida pela briga, que nem reparei quando ele entrou. Ainda consegui me esticar e acertar um chute na canela dela.— Que diabos está acontecendo?— Essa maluca... Ela invadiu a casa pra me intimidar - minhas palavras saíram quase um rosnado, meu sangue fervia — Eu cresci em um convento, mas não sou santa!— Sua vaca! - ela gritou.— Vaca é você, sua vagabunda!Vi os olhos de Bartolo se arregalarem.— Já chega! - Adriano gritou e me jogou no sofá. — Você é louca, Celeste?Ela olhou para ele com os olhos cheios de lágrimas e raiva.— Louca? É isso, Adriano? É por essa mulherzinha que você me trocou? Depois de tudo o que tivemos?Ele a encarou apertando o maxilar.— Não tivemos nada demais, Celeste. Eu nunca te prometi nada além de sexo - respondeu frio — Você sabia que eu ti
Parte 51 -BiancaAdriano saiu, mas antes veio se despedir de mim. Me senti ainda um pouco tímida pelo que fizemos na noite passada, mas ele ao contrário, está com uma cara descarada.Aproveitei para ficar um pouco sozinha na biblioteca, assim posso ter um momento de paz. Tudo o que se fala aqui é sobre nosso casamento e isso é cansativo.Prefiro deixar que a mãe dele tome a frente. Isso também faz bem para minha mãe, que se ocupa de outra coisa que não seja obedecer ao que meu pai quer.Peguei um livro para ler e sentei no sofá dobrando as pernas, mas só consegui uns dois minutos de atenção ao enredo, logo minha mente foi pra outro lugar.Agora estou mesmo enroscada com Adriano, não tem volta. Agora o casamento já está de fato na minha vida, mesmo que eu tentasse escapar antes.Ergui a cabeça prestando atenção aos sons que ouvi, vindo de fora, mas que estava se aproximando. Parecia que alguém estava brigando com outra pessoa. Ouvi os passos apressados e a voz mais alterada no corredo
Parte 50 - BiancaVoltamos para a cama. Adriano beijou meu pescoço, meus ombros e foi descendo. Quando tocou meus seios, eu não escondi um gemido. Foi muito bom, uma sensação nova.Apertou de leve meus mamilos e puxou, me fazendo gemer de novo. Foi tão bom que depois quando ele tomou um seio na boca, eu gemi mais alto. Nossa, foi maravilhoso.— Shh... - ele riu — Também não vamos alertar nossa família do que está acontecendo aqui dentro.Eu respirei fundo e concordei.Ele voltou a baixar a cabeça e tomou meu seio de novo, girando a língua em meu mamilo e estiquei o corpo para cima. Sua boca quente puxava de mim arrepios constantes a cada vez que ele sugava meu seio.Depois, sem pressa, ele repetiu no outro seio, me fazendo ter pequenos choques de energia por todo meu corpo.Depois, para minha surpresa, muito boa por sinal, ele foi descendo, passando a língua por minha barriga e minha virilha até ficar entre minhas coxas. Senti sua boca em minhas coxas e suas mãos abrindo mais minhas
Parte 49 -BiancaEle mirava direto nos olhos e isso me deixou com calor. Era um olhar tão intenso que meus pés travaram, não conseguia me afastar.— Adriano...— Não diga nada, Bianca - beijou de leve minha boca — Depois do que aconteceu hoje com a gente, não acha que devemos adiantar a coisa toda? Não quero esperar mais até o casamento.Senti medo, mas não recuei. É sério que ele vai querer ter intimidade comigo, logo agora? Eu não estou preparada para isso.Não tive tempo de me preparar para isso. É claro que eu sei que teremos que dormir juntos, mas ele me pegou de surpresa.— Nossa família...— Não se preocupe com eles - segurou uma mecha de meu cabelo — Estão todos entretidos com algo, mais ainda nossas mães.Eu não quero parecer fraca, mas acho que ser honesta é o melhor no momento.— O que você quer fazer, Adriano?— Eu já disse... Você vai ser minha mulher... Quero adiantar um passo.— Por que? Vamos nos casar em breve.— Eu sei, mas você não sentiu medo do que aconteceu? De
Parte 48 - Adriano— Elas não podem ficar na casa, Adriano. Pode ter alguém de olho em Luísa... Talvez, o pai dela... - olhou para a amiga — Será que elas não podem ficar com a gente?— Em minha casa? - dei uma risadinha.— Só por um tempo, sei lá...— Amiga, tudo bem... A gente pode se virar - Luísa segurou o braço dela.— Não... - Bianca insistiu — Adriano...Cocei a testa, sem querer me irritar. Eu entendo a preocupação dela.— Vamos fazer assim... Vou colocar as duas em outro lugar - olhei de relance para Clara, que estava um pouco afastada — Vou mandar as duas para outra casa.— Mas eu trabalho e...— E nada - ergui a mão, interrompendo sua fala — Está claro que algo fora do normal aconteceu hoje e eu não quero vacilar - olhei para Bianca — Não posso vacilar.— Chefe, podemos levar as duas para a vila - um de meus homens disse — Lá é seguro.— Concordo... E antes que diga algo, sim, eu já sei o que vai me perguntar... Você pode ver suas amigas quando quiser. Com supervisão.Bian
Último capítulo