Albert se sentiu culpado por ficar quieto, ele não estava acostumado a consolar choro feminino. Nunca deu importância para outra mulher senão sua mãe e detestava aquele sentimento de impotência sempre que a flagrava aos prantos. Há décadas esse sentimento não invadia o peito dele. Conseguiu se conectar facilmente com Nicolas e acreditava que a relação deles tinha tudo para ficar mais forte, pensava até no dia em que o levaria para o escritório de sua empresa. Eliza, porém, era diferente, sentia como se pisasse em ovos ao tentar se aproximar.
Não é fácil ter uma filha.
— Você tem algum sonho? — Ele perguntou sem ao menos entender o que dizia, ora o que essa pergunta tinha a ver com a crise atual?
— Mesmo que eu tenha não contaria para você! — Respondeu ríspida com as mãos cobrindo o rosto, o que fez Albert sorrir, talvez sua sobrinha seja mais parecida com ele do que possa imaginar.
— Meu sonho sempre foi ser feliz.... ter uma família feliz, filhos a quem proteger e cuidar. — Est