Será que aquele grupo conseguiria, afinal, ter sucesso? Será que ela podia arriscar?
Se a aposta desse certo, tudo estaria resolvido. Mas se desse errado... Então nem a própria vida conseguiria preservar.
Nessa balança de dúvidas e receios, Vitória cerrava os dentes, as mãos apertadas uma contra a outra, andando de um lado para o outro, nervosa e aflita.
De um lado, não conseguia abrir mão de uma fortuna tão grandiosa. Do outro, o medo a corroía em silêncio.
O diretor do orfanato havia lhe telefonado. Se realmente havia chance de sucesso, por que ele teria feito aquela ligação?
Com certeza, era porque o grupo já via o fracasso se aproximando e, em cima da hora, resolvera avisá-lo.
Se fosse assim, a situação dela se tornava perigosíssima.
Com esse pensamento, Vitória, ainda inconformada, pegou o celular e ligou de volta mais uma vez, decidida a tirar tudo a limpo.
Mas, dessa vez, não importava quantas tentativas fizesse, trocando de número e insistindo em mais de dez ligações, ninguém a