— Não vá, mãe! Isso seria como implorar. Eu, a filha da família Martins, preciso me rebaixar desse jeito? Também tenho minha dignidade, minha imagem! — Reclamou Letícia, indignada.
Era constrangedor demais: a própria mãe indo pedir para Renato abrir a dança com ela. Aquilo a deixava sem chão.
Agarrou o braço da mãe com firmeza, impedindo-a de se aproximar. Olhou em volta: havia três ou quatro rapazes se aproximando, claramente interessados.
Mas…
Todos eram feios. Muito feios. Letícia não se agradava de nenhum, e além disso, a introdução musical já estava quase terminando.
— Vou chamar meu irmão. — Decidiu de repente.
— Seu irmão? Quer abrir o baile dançando com ele? — Priscila franziu o cenho, desaprovando.
— E qual o problema? Meu irmão não serve, por acaso? — Retrucou Letícia. — De qualquer forma, não pense que vou correr atrás do Renato. Isso eu não faço. Prefiro morrer a passar vergonha.
Priscila ficou sem palavras diante da teimosia da filha. Sem alternativas, voltou o olhar para