Ainda trêmula e com os braços e joelhos ralados, Beatriz fez força para se levantar. Cambaleante, caminhou em direção a Gabriel.
— Gabriel... Gabriel? — Chamou pelo nome dele, a voz embargada, trêmula.
No chão, o rastro de sangue se espalhava em linhas tortuosas, um vermelho vivo que a fez sentir o estômago revirar. Seu coração disparou, um pânico crescente tomando conta.
O impacto fora fortíssimo, direto na cabeça...
Beatriz não ousava imaginar o pior. A mão tremia enquanto se aproximava do rosto dele, tentando sentir a respiração sob o nariz.
“E se Gabriel morresse? Se tivesse dado a vida para salvá-la?”
O rosto dela empalideceu de maneira assustadora. Seus dedos mal captavam algum sinal de ar.
— Gabriel... — Murmurou, a visão turva.
As lágrimas transbordaram, escorrendo quentes pelas bochechas até pingarem no chão. Sua mente estava em branco, só restava a súplica silenciosa de que ele sobrevivesse.
— Sr. Gabriel! — Rafael chegou correndo, a voz carregada de desespero.
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