Renato ergueu os olhos, procurando por Eduardo no salão. Quando o encontrou, chamou-o de lado e foi direto ao ponto.
Letícia havia sido humilhada sem motivo, tinha levado vinho tinto no vestido e, com certeza, não deixaria barato.
Em vez de esperar que a família Martins descobrisse por conta própria, ele preferiu falar abertamente e aproveitar para pedir desculpas em nome da irmã.
Eduardo escutou o breve relato de Renato em silêncio. Apenas o encarava, mas a expressão em seu rosto já denunciava a irritação crescente.
De Beatriz até chegar agora na minha irmã… Vitória estava ficando cada vez mais insolente.
— Então, quando você disse que a encontrou por acaso, estava me enganando. — Afirmou Eduardo, em tom seco.
Renato assentiu:
— A Srta. Letícia estava sendo hostilizada. Eu intervim, a levei até a sala de descanso e providenciei o remédio.
— Remédio? — Eduardo franziu a testa.
— Ela caiu, torceu o tornozelo. Estava um pouco inchado.
— Quem empurrou? — Perguntou Eduardo, já com raiva ev