Renato percebeu a forte insinuação nas palavras de Eduardo.
Virou-se para ele com um olhar direto, o rosto inexpressivo, e disse:
— Enquanto não houver violação da lei, é claro que será mimada sem limites.
Eduardo ainda se preparava para responder, mas Renato falou de novo, cortando qualquer rodeio.
— Se tem algo a dizer, Sr. Eduardo, fale logo. Não precisa dessas voltas. Além de parceiros de negócios, nossas famílias têm laços antigos. Não há motivo para tanta formalidade.
Eduardo soltou uma risada curta.
— Muito bem, então. Minha pergunta era apenas para sondar até onde vai a sua tolerância em relação à sua irmã.
— Vi é, em essência, uma boa garota. Só foi extrema demais quando se tratou de Gabriel e acabou ferindo uma pessoa inocente. — Respondeu Renato. — Ontem mesmo minha secretária entregou à ex-esposa de Gabriel a minuta da indenização e conversou com ela. Tudo seguirá conforme o combinado. Não faltará nada.
Eduardo assentiu, pensativo.
— Dinheiro é o de menos. Para a família Ca