Mas Beatriz também sabia o quão delicada era a situação.
Sozinha, jamais teria força suficiente para obrigar a família Cardoso a cumprir sua palavra.
A menos que... Houvesse alguém capaz de equilibrar a balança.
Ela ergueu os olhos para o idoso à sua frente. Estava prestes a incomodá-lo mais uma vez.
— Sr. Henrique, quando assinarmos o contrato, gostaria de pedir que o senhor fosse minha testemunha. — Disse Beatriz.
Não era que desejasse envolver a família Pereira em sua defesa caso algo acontecesse. O que queria, antes disso, era apenas o efeito dissuasório.
Sabia, pelo que ouvira do mordomo, que havia boas relações entre os Cardoso e os Pereira, cultivadas por gerações.
E o próprio Henrique havia afirmado minutos antes que falaria com os pais de Renato para que controlassem Vitória.
Ao escutar o pedido, Henrique compreendeu que, na prática, não teria tanto peso. Mas, ainda assim, acenou afirmativamente.
A noite avançava. Daniel se despediu, e Henrique também partiu.
A luz do quarto f