Ao ouvir aquelas palavras, do outro lado Renato cerrou o punho com tanta força que os ossos estalaram.
Se Gabriel estivesse diante dele, já o teria colocado no chão, sem chance de dizer mais uma palavra.
— Não pense que todo mundo valoriza a Vitória. Vou te dizer, mesmo que ela seja sua irmã agora, continuo desprezando-a.
Depois de descarregar a raiva, Gabriel respirou fundo e a voz dele soou mais calma:
— Já enxerguei quem ela é de verdade. Não precisa se preocupar comigo, não quero mais nada com ela. Quanto mais longe, melhor. Só vou te perguntar uma última vez: você tem certeza de que não sabe que foi a Vitória quem armou esse sequestro? Você não está encobrindo?
Do outro lado, silêncio. Gabriel afastou o celular, olhou a tela… A ligação já tinha sido encerrada.
— Maldito! Só sabe fugir da verdade! Renato, me espera… Vou fazer você engolir cada palavra! — Gabriel rosnou, enfurecido, o sangue fervendo.
Na porta do quarto, Letícia fechou a porta devagar, após escutar a ligação inteira