— Não importa se foram dez dias presa ou a multa de cinco milhões, eu aceito... Só espero que isso não afete a sua relação com eles, mano. — Disse Vitória, num tom tão compreensivo e resignado que chegava a comover.
Ao ouvir aquilo, Renato sentiu o coração apertar. Seu olhar se encheu de ternura e compaixão.
Não resistiu e estendeu a mão para afagar o topo da cabeça da irmã, que permanecia curvada num gesto de arrependimento. Sua voz saiu suave:
— Mesmo que você tenha errado primeiro, eles exageraram. Cobrar dinheiro e mandar para a detenção... foi porque acharam que você não tinha ninguém para defendê-la.
Vitória ergueu o rosto na hora certa, os olhos úmidos, carregados de uma fragilidade calculada.
— A detenção, na verdade, não foi problema. Lá tinha comida, bebida, e as condições até que eram boas. Só a multa de cinco milhões que eu não tinha como pagar... Por isso pensei em leiloar o colar para conseguir o dinheiro.
O coração de Renato se apertou ainda mais.
Cinco milhões... Que bo