A última mensagem dele foi:
[Eu errei. Me desculpa. Sério, desculpa mesmo.]
Beatriz, pela primeira vez, ficou em silêncio. Mordeu levemente o lábio.
Então, no fim das contas, Eduardo só estava brincando com ela. Não tinha gravação alguma. Nem vídeo nenhum.
“É… Bem a cara dele.”
O pedido de desculpas a fez lembrar da discussão que tiveram dias atrás, ali mesmo, na Aurora. Naquela ocasião, ele a provocou tanto que ela perdeu a paciência. E, assim que percebeu que ela ficou irritada, Eduardo se apressou em pedir desculpas.
Beatriz suspirou, por dentro.
“Como é que alguém, com quase trinta anos na cara, consegue ser tão infantilmente desagradável?”
Se ele fosse só ruim, tudo bem, um cretino puro. Seria mais fácil odiá-lo. Mas não... Ele sempre aparecia com pedidos de desculpas, e, da última vez, ainda mandou um presente caríssimo como retratação.
Beatriz permaneceu com a expressão impassível.
“Esse Eduardo… Ele é…”
Antes que conseguisse encontrar um adjetivo apropriado, as luzes do departa