— Mesmo assim, podia ter me perguntado. Vai que eu tinha lenço sobrando. — Retrucou Letícia, lançando um olhar divertido para a amiga.
Mas logo percebeu que Beatriz estava distraída, com os olhos voltados para longe.
— Tá procurando alguém?
— Não… — Respondeu Beatriz, desviando o olhar.
Devia ser só mais uma crise da sua síndrome da perseguição”, pensou.
Desde que Gabriel mandara alguém segui-la, tinha ficado com esse tipo de paranoia. Agora, qualquer homem estranho parecia suspeito. Cada olhar, uma ameaça.
Logo Daniel voltou, e os três retornaram à mesa no gramado. O churrasco já estava nos momentos finais, o clima animado, mas Beatriz não bebeu mais. Sentia que já tinha passado do ponto ideal.
Ficou comendo uns pedaços de carne, frutas frescas, e conversando com os dois. O tempo foi passando, as risadas continuaram.
Cerca de meia hora depois, o celular de Letícia apitou com uma notificação de mensagem.
Ela olhou a tela, era do irmão.
Ao ler o conteúdo, teve vontade de gritar em silê