— Eu e o Gabriel... Nos apaixonamos desde o ensino médio. Mas o avô dele nunca gostou de mim, me obrigou a deixá-lo... Disse que, se eu não sumisse da vida dele, tornaria minha vida impossível na Cidade A... — A voz de Vitória tremia. — Ele se casou, sim, mas não ama aquela mulher. A pessoa que ele ama... sou eu.
Renato a escutava com calma, sem interromper. Então falou, com voz firme:
— Mas você e ele já são passado. Não deveria mais se prender a isso, muito menos envolver outras pessoas para incomodar a esposa dele.
Vitória ergueu o rosto, os olhos vermelhos de tanto chorar, e disse com mágoa:
— E você não se importa nem um pouco com o que a Beatriz fez comigo?
Renato hesitou por um segundo. Depois, se apressou em responder:
— Me desculpa. Não estou te culpando por tudo. Só acho que existem tantos homens bons por aí... Ficar sofrendo por um Gabriel qualquer não vale a pena.
— Mas eu amo ele. E ele também me ama! — Vitória disse entre dentes, enquanto as lágrimas voltavam a cair. — Si