Ao ouvir aquelas palavras, Renato assentiu sem hesitar, sem sombra de desconfiança.
Afinal, qualquer pessoa no lugar dela teria dificuldade para aceitar uma verdade tão repentina. E mais ainda, pelas palavras da irmã, ele sentiu claramente que ela achava que todos já haviam desistido dela.
— Tudo bem. Estou aqui, esperando seu telefonema, a hora que quiser. —Disse ele, suavizando o tom, com toda a ternura que conseguia expressar.
A chamada foi encerrada do outro lado.
Renato ficou ali, olhando para a tela escura do celular, onde o reflexo lhe mostrava seus próprios olhos vermelhos de emoção.
Ele a havia encontrado. Finalmente.
Depois de vinte anos... Eles finalmente teriam a chance de se reunir como uma família.
“Vitória Lima...
Agora, ela se chamava Vitória Lima...
Por que Lima?
Ah, claro. Quando desapareceu, ela tinha apenas quatro anos.
Provavelmente já havia esquecido completamente o nome original.
E ela mencionou que teve febre naquela época...”
Na mente de Renato, surgiu a imagem