“O que é que Eduardo tem a ver com isso...?”
O pescoço de Leonardo ficou rígido. Ele se virou lentamente, como se estivesse se movendo em câmera lenta.
E então viu aquele rosto sorridente, doce, sereno, encantador.
Mas agora, algo estava diferente.
Seis anos de lembranças comprimiram-se num segundo.
A imagem da jovem radiante à sua frente se sobrepôs à da garotinha tímida, de óculos grandes de armação preta, um pouco rechonchuda, sempre escondida atrás dos livros no colégio.
Era por isso...
Era por isso que ela parecia familiar.
— Le... Letícia... — Murmurou, com os olhos ainda presos nela, atônito.
Ela assentiu com a cabeça, o sorriso ficando ainda mais doce, ainda mais sincero.
E aquilo fez o coração de Leonardo dar um tranco seco no peito.
Ele só não cuspiu sangue na hora por puro autocontrole.
Essa noite, ele achava que tinha tido um pequeno revés na sua caçada.
Mas não.
Não foi um fracasso qualquer.
Foi um desastre de proporções épicas.
Foi o equivalente a um meteoro caindo bem no