— Você começou a dançar ainda criança, né? — Comentou Leonardo, com um tom suave. — Você domina vários estilos e consegue transitar entre eles com tanta naturalidade... Parece uma bailarina nata. Já dancei com várias parceiras, mas nenhuma tinha a leveza do seu corpo... Nem o seu brilho. N E o seu sorriso... Tão radiante, tão contagiante... Lembrava aquelas jovens cheias de vida, dançando ao sol das montanhas, livres, vibrantes, quase irreais.
Ele ia tecendo os elogios com leveza, como quem tece uma música.
Mas, como esperado, a jovem não respondia.
Leonardo sabia: era pura timidez.
E por isso mesmo, não forçou, nem tentou expor a hesitação dela.
Como caçador experiente, seguiu a progressão natural do momento.
Com o clima envolvente crescendo entre os dois, sua mão esquerda se moveu com delicadeza até tocar a mão dela, que ainda repousava timidamente sobre seu pulso.
Dessa vez, ele segurou-a de fato.
Ao mesmo tempo, a outra mão, que até então apenas contornava o espaço da cintura dela,