Do outro lado da linha, Eduardo ficou em silêncio por um segundo, como se tivesse levado um tapa na cara.
— Eu não fiz nada disso. Eu e a Beatriz já nos resolvemos. Agora a gente até se dá bem. — Tentou se defender, com um tom mais calmo.
— Hein? Quem acredita nisso? — Retrucou Leonardo, com um riso debochado e um revirar de olhos audível. — A menina preferia passar por um exame ginecológico doloroso a pedir sua ajuda, sabia disso?
As palavras bateram em Eduardo com peso.
Ele apertou os lábios, sem responder de imediato.
“Será que era tão difícil assim pedir minha ajuda?
Era só uma frase. Uma simples frase. Por que ela preferia passar por aquilo a simplesmente falar comigo?”
Já se conheciam havia um tempo.
As coisas entre eles tinham melhorado.
Talvez não fossem amigos, mas ele era irmão da melhor amiga dela... Pedir um favor não seria tão absurdo assim.
— Então para de se enganar. — Continuou Leonardo, sem dó. — Mesmo que hoje você esteja mais bonzinho, o estrago que causou ficou. A g