Vitória caminhou até os armários de encomendas e retirou seus pertences.
Durante o trajeto, ela já havia começado a traçar um plano: como fugir, pra onde ir, o que levar.
Só precisava de uma coisa: seus documentos.
Revirando a bolsa, começou a conferir se tudo estava ali, identidade, passaporte, cartões…
Mas, de repente, os dedos tocaram num pequeno estojo.
Curiosa, pegou e abriu.
O que viu ali dentro fez seu coração dar um pulo.
Uma corrente com uma esmeralda.
Não era a coroa de rosas que Gabriel havia dado a ela. Aquela ele já tinha tomado de volta.
Essa era outra.
Uma joia que Beatriz lhe dera vinte anos atrás.
E que, anos depois, Beatriz havia exigido de volta...
Mas Vitória, cínica, dissera que já tinha perdido.
E no entanto… Ela ainda estava ali.
Por quê?
Porque, desde a primeira vez que viu Beatriz usando-a, ainda criança, soube que aquela joia valia uma fortuna.
E estava certa.
E, como já suspeitava, depois de adulta, mandou avaliar a peça.
O laudo foi claro: tratava-se de uma