— Mas que privacidade pode haver nisso? Eu só perguntei quem pagou a bolsa. Qual o problema? —Insistiu o homem, com expressão inocente.
A atendente sorriu educadamente, mas sua resposta foi firme:
— Os artigos da nossa loja são todos de alto valor. Por isso, temos uma política rígida de confidencialidade. Não podemos fornecer qualquer informação sobre os nossos clientes a terceiros.
O homem ficou sem palavras...
“Tá me tratando como o quê? Um ladrão? Ou um alpinista social tentando grudar em alguma ricaça?”
Engoliu o orgulho e preferiu não discutir.
Bater boca só chamaria atenção e, pior, se a funcionária alertasse as clientes de que alguém fazia perguntas sobre elas, ele estaria acabado.
Deixou o balcão e saiu calmamente da loja.
Do lado de dentro, no entanto, as vendedoras trocavam olhares desconfiados.
Aquele homem era estranho demais.
Decidiram que, se ele voltasse, chamariam a segurança imediatamente.
Do lado de fora, o homem ligou para o contratante.
Era pobre, sem nome, sem rost