— Eu sou sua irmã. A Bia é minha amiga. Não tem como ser a mesma coisa. — Comentou Letícia, revirando os olhos.
Era isso mesmo. O irmão estava tão acostumado a zoar com ela que agora estendia a tradição até para a amiga.
Com Letícia, era confronto direto. Com Beatriz, a provocação vinha disfarçada, mais sutil, mais enfeitada. Mas, no fundo, ainda era provocação.
Beatriz, ouvindo a justificativa de Eduardo, concordava em silêncio com a crítica da amiga.
Ela não fazia parte da família Martins. E Eduardo estava sendo, no mínimo, excessivamente familiar com ela. Ainda mais considerando que, no início, ele a havia interpretado mal e saído do lugar com arrogância.
Eduardo, porém, tinha a resposta na ponta da língua.
— Justamente por ser amiga da minha irmã, trato como se fosse da família. Como uma irmã também. Não faço cerimônia.
Assim que ele disse isso, Beatriz e Letícia trocaram um olhar. Por alguns segundos, nenhuma das duas encontrou argumento para rebater.
“Essa falta de cerimônia aí..