Ao ouvir aquilo, Beatriz rapidamente voltou o olhar para frente. Tentou ao máximo manter uma expressão serena, como se nada estivesse acontecendo. Logo em seguida, forçou um leve sorriso.
— Pode confessar. Mesmo que você diga que o cartão caiu na privada, eu não vou te julgar. — Disse Eduardo, casualmente.
Beatriz não disse nada...
A capacidade de dedução desse homem… Era assustadora.
“Será que eu conto a verdade? Ou seria melhor inventar alguma desculpa mais aceitável?”
— Caiu na privada mesmo? — Perguntou Letícia, com olhos arregalados e tom brincalhão, olhando para a amiga.
— Relaxa, Bia. Ninguém vai te culpar, não foi de propósito. — Disse ela, tentando amenizar.
Beatriz olhou primeiro para Letícia, depois virou-se para Eduardo. Mas o olhar dele deixava claro: ele não deixaria passar. Queria uma resposta.
E se ela mentisse... Havia sempre o risco de ele descobrir.
— Está... Em um lugar seguro. Pode ficar tranquilo, Sr. Eduardo. Ninguém vai usar isso pra fazer mau uso. — Respondeu B